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quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Texto: A coragem de ser diferente, de ser autêntico

 

A coragem de ser diferente, de ser autêntico

Na minha vida inteira eu nunca quis ser diferente, o diferente para mim era sinônimo do impopular mais precisamente esquisito, diferente, o estranho, excêntrico. Passei infância praticamente toda querendo não ser diferente, queria ser iguais as pessoas que andavam comigo, a forma deles pensar, gosto pelas mesmas roupa, músicas, cantores, bandas, gostava das modinhas de músicas chicletes, aquelas que eram “hits”. Apesar muitas vezes não gostava daquelas músicas, ou, não achava aquilo bacana. Com passar dos anos saindo da infância chegando na adolescência, comecei a me questionar os gostos que realmente gostava, gostos que era por causa gostava mesmo, ou porque estava na moda.

    Na adolescência me rebelei um poucos meus gostos, já estava definido o que gostava, e que eu não gostava. Ser diferente não agir como as pessoas agia, ir pela minha cabeça, não pela cabeça das outras pessoas ou amigos. Comecei a lutar para ter minha escolha sem interferência das outras, apesar de relutar muitas das vezes na minha adolescência. Comecei a estudar por conta própria pensando no futuro apesar não ter afastado da galera que eu andava. Já bem significativo estudar não só para  tirar nota na prova, passar no ano letivo. Passei a ter sonhos próprios, sonhar diferente fazer que eu gostava, que eu queria por conta própria.

   Comecei a escutar músicas que gostava por exemplo de rock apesar de influência dos meus primos e primas, já era bem diferente da galera que gostava dos funks, principalmente, aqueles proibidão, sempre pensei em casar, bem contrário do pessoal, apesar de impulsos que me levaria a outros a oscilar. Pensar em ter única namorada, ficar com ela até casar, gostar especificamente de uma pessoa só. Ter único amor, ver filmes que eu gostava, principalmente, por exemplo comédia romântica, romance e filmes biográficos. Usar camisa preta que era escolha minha, assistir jogo do Cruzeiro na televisão, pensar no vestibular, fazer prova do Enem.

   Uma coisa muita marcante no ensino médio ter usado um moletom do Link Park, ser fã do Link Park, escutar outras bandas de rock não porque me disseram que a banda era boa, pensar diferente, agir diferente, aprender dizer não gostei, não gosto, dizer muitas não, não vou ir na festa, não vou ir no carnaval, quero ficar em casa, ter publicações no Facebook sobre assuntos que eu gosto, e gostava. Ter opiniões políticas, ter um lado e defende-lo, o que eu mais fazia era pensar diferente, no começo meu ensino médio coloquei aparelho para juntar minha diastema aquela espaço fica entre os dentes da frente eu achava feio. Depois de um tempo sem usar aparelho, no primeiro momento achei ruim de mais, no segundo momento eu achei bom porque minha marca registrada está de novo no meu sorriso.

    Gostar de uma garota específica também era rebeldia, porque a moda era "passar o rodo" na gíria "pegar geral". Lê livros de literatura, gostar de lê, usar roupa diferente, aquele momento eu não queria ser igual a multidão. Eu queria ser genuíno, autêntico, original. Ser eu mesmo com minhas opiniões e gostos diferentes, para isso precisei de coragem para me libertar e ser eu mesmo, do jeito que eu sou, sem ser uma cópia ambulante viva por aí. Queria ser mais do que um Ctrl C e Ctrl V. Ter pensamentos próprios, vida própria me livrar daquela situação que me deixava sem identidade própria, sem ser eu mesmo, para isso precisei de muita coragem e atitude para sair daquela situação que estava sujeito a viver o resto da vida, se eu não me libertasse.

Autor: Flaviano Gomes da Silva


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